A princesa Olga Romanoff na série documental "The Royal House of Windsor" |
A princesa Olga Romanoff, filha do príncipe André Alexandrovich da Rússia, sobrinho do czar Nicolau II, emocionou-se recentemente quando recordou a morte de vários membros da família entre 1918 e 1919 e o facto de o rei Jorge V do Reino Unido não os ter ajudado, recusando-lhes exílio em Inglaterra.
No primeiro episódio da série documental "The Royal House of Windsor", emitida pelo Channel 4 no Reino Unido, a princesa Olga Andreevna, de 66 anos de idade, recordou o seu avô, o grão-duque Alexandre Mikhailovich, afirmando "o meu avô tinha sido um dos conselheiros de Nicolau [II da Rússia] e acho que se ele tivesse ouvido os conselhos do meu avô, é possível que este desastre não tivesse acontecido", tendo-se emocionado de seguida.
Depois, Olga acrescentou que o seu pai, o príncipe André, "nunca, nunca culpou o Jorge [V do Reino Unido] por isso. Sempre disse que tinha sido por causa do primeiro-ministro, mas, pelos vistos, não foi o primeiro-ministro de todo, foi tudo culpa do Jorge. Fico aliviada por o meu pai ter morrido antes de encontrar aquela carta [onde Jorge afirmava que não era prudente receber Nicolau II e a família em Inglaterra] porque teria ficado muito transtornado."
Parte da família da princesa Olga Romanoff: os seus avós Alexandre Mikhailovich e Xenia Alexandrovna, o pai, o príncipe André, e a tia, a princesa Irina Alexandrovna. |
Muitos criticaram a princesa Olga pelas suas palavras, uma vez que, embora não tenha permitido a ida de Nicolau II e da sua família mais próxima para o Reino Unido, mais tarde, em Dezembro de 1918, o rei Jorge V enviou um navio inglês, o HSM Marlborough, à Crimeia para salvar outros membros da família Romanov, incluindo a bisavó (Maria Feodorovna), avós (Alexandre Mikhailovich e Xenia Alexandrovna), o pai e os tios de Olga. Outros acrescentaram também que a reacção de Olga parece exagerada, tendo em conta que ela nasceu trinta anos depois da tragédia, em 1950.
No entanto, há também muitos que a defendem, recordando que a morte de 18 membros da família no espaço de alguns meses deixou para sempre as suas marcas nos sobreviventes e que foi nessa atmosfera que Olga foi criada. Também se destaca o facto de, apesar de ter salvo a família mais próxima de Olga, foi de facto a falta de acção de Jorge V relativamente ao resto da família que contribuiu directamente para as suas mortes.
Para saber mais sobre a forma como Jorge V do Reino Unido agiu para com a família Romanov, podem consultar a primeira e a segunda parte do artigo "Jorge V do Reino Unido e o exílio dos Romanov" neste blog.
O documentário está disponível online aqui, mas apenas no território do Reino Unido.
Não tenho ascendência russa, não tenho sangue azul, nasci 50 ANOS DEPOIS do massacre absurdo dos Romanoff mas, cada vez que ouço falar desse caso, fico com DOR NO CORAÇÃO. Acho que qualquer pessoa que tenha coração fica abalado com essa tragédia. Conheço várias Alexandras, Olgas e uma Tatiana, brasileiras SEM ascendência russa, cujos nomes foram dados para homenagear as princesas. O assassinato dos Romanoff marcou a humanidade inteira.
ResponderEliminarNão é romanoff, os romanoff é apenas um braço dos verdadeiros ROMANOV
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