Este era o ramo mais pequeno da família Romanov e, consequentemente, mais próximo entre si. Nasceu do casamento entre o terceiro filho do Czar Nicolau I, o Grão-duque Nicolau Nikolaevich, com a Princesa Alexandra de Oldenburgo, mais conhecida pelo seu nome de casada, Grã-duquesa Alexandra Petrovna da Rússia. Desta união nasceram apenas dois filhos: o Grão-duque Nicolau Nikolaevich filho e o Grão-duque Pedro Nikolaevich. Os descendentes do último reclamam actualmente para si direitos sobre o trono russo.
O casal
Os pais de Alexandra arranjaram-lhe um casamento esplêndido. No dia 25 de Outubro de 1855 ela ficou noiva do Grão-duque Nicolau Nikolaevich, o seu primo em segundo grau. Alexandra, que tinha sido educada como luterana, converteu-se à Igreja Ortodoxa no dia 7 de Janeiro de 1856 e passou a ser chamada de Grã-duquesa Alexandra Petrovna da Rússia. O casamento aconteceu no dia 7 de Janeiro de 1856 em Peterhof. O seu primeiro filho nasceu nove meses depois no Palácio de Inverno. Em Dezembro de 1861 o casal mudou-se para o novo Palácio de Nicolau na Praça da Anunciação onde, em 1864, Alexandra teve o seu segundo e último filho, Pedro. Nesta altura o casamento já se começava a desfazer.
Alexandra não era bonita nem sofisticada. Gostava de simplicidade e preferia vestir-se modestamente, evitando a vida pública. Dedicava o seu tempo à religião e a aprofundar o seu conhecimento em medicina. Era também uma pintora talentosa. Alexandra não era bonita, mas a sua sinceridade e doçura ganharam simpatizantes. As suas cunhadas Maria Alexandrovna e Alexandra Iosifovna gostavam muito dela. No inicio o seu marido gostou das suas ideias e financiou um hospital em São Petersburgo onde as teorias de Alexandra poderiam ser desenvolvidas e postas em prática e onde pacientes pobres eram tratados de graça. Ás vezes era a própria Alexandra que tratava deles. Mais tarde também abriu um instituto para a formação de enfermeiras na cidade.
Alexandra com o filho Pedro
No final dos anos 1860, o casamento estava em crise. O casal tinha descoberto que tinha muito pouco em comum. Tendo pouca beleza e talento para a vida social, Alexandra preferia afastar-se da vida da Corte, o que desagradava ao marido que também se queixava da sua pouca beleza e simplicidade. Quando se converteu à Igreja Ortodoxa, Alexandra tornou-se bastante beata e era uma mulher séria cujas paixões eram a religião e a medicina.
O palácio do casal em São Petersburgo era tão grande que eles podiam passar semanas sem se encontrarem. Só apareciam juntos em cerimónias oficiais. Eventualmente Nicolau começou a ter uma longa relação com Catarina Chislova, uma dançarina do Teatro de Krasnoye Selo e sua amante. O Grão-duque nunca tentou esconder o seu caso e, em 1868 teve o seu primeiro de cinco filhos ilegítimos com ela.
Nicolau Nikolaevich
Em 1870 já não havia nada no casamento senão ressentimento, o único sentimento que Alexandra podia oferecer ao seu marido pela sua infidelidade. Alexandra passava longos períodos em Kiev enquanto o seu marido dividia o tempo entre os filhos do casal e a sua segunda família. Quando o Grão-duque conseguiu títulos para os seus filhos ilegítimos, Alexandra tentou apelar a Alexandre II que o impedisse, mas ele não estava minimamente interessado. “Sabes, “ disse-lhe ele directamente, “o teu marido está no ponto alto da vida dele e precisa de uma mulher por quem possa estar apaixonada. E olha para ti! Olha como te vestes! Nenhum homem se podia sentir atraído.” Contudo, depois deste encontro, o Czar avisou o irmão para que fosse mais discreto em relação à sua amante e exilou-a para Riga.
Algumas fontes dizem que Alexandra se vingou do seu marido arranjando um amante de quem teve um filho ilegítimo em 1868, mas não existem provas e a história parece bastante improvável.
Filhos
Nicolau Nikolaevich filho
Nicolau era uma figura altamente respeitada tanto dentro da família Romanov como no exercito russo do qual era Comandante-em-chefe durante os dois primeiros anos da Primeira Guerra Mundial. Ao contrário do pai era altamente religioso e moralista, o que o colocou numa posição favorável junto do Czar Nicolau II, sendo um dos principais frequentadores da sua casa. Embora tenha passado grande parte da sua vida solteiro, Nicolau casou-se, em 1907 com a Princesa Anastásia de Montenegro, ex-mulher do seu primo em segundo grau. Mais tarde ela seria a responsável por apresentar Rasputine à Imperatriz Alexandra Feodorovna. O casal conseguiu fugir da Rússia depois da Revolução e morreu, no exílio em França. Não tiveram filhos.
Princesa Anastásia de Montenegro, esposa de Nicolau
Pedro Nikolaevich
Pedro sempre se interessou pelo misticismo e fazia parte de um grupo de nobres que consultava místicos e tinha sessões espirituais dentro das paredes dos palácios Romanov. Encontrou uma parceira ideal na sua paixão na Princesa Militzia de Montenegro, irmã mais nova de Anastásia, que trouxe os seus conhecimentos de Montenegro para a Rússia. Juntos tiveram três filhos:
Militzia, esposa de Pedro
Marina Petrovna, filha mais velha do casal
Romano Petrovich, único filho do casal. O seu filho é um dos actuais pretendentes ao trono russo
Nádia Petrovna, filha mais nova do casal
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