Alexei Poutziato foi o primeiro pretendente a um membro da última família imperial de que há registo. Apareceu na cidade de Omsk em 1919 e dizia ser o Czarevich Alexis Nikolaevich, no entanto foi rapidamente desmascarado pelo antigo tutor das crianças, Pierre Gilliard que recordou esta história no seu livro “Le tragique Destin de Nicolas II e de sa famille”:
“O General D informou-me que queria mostrar-me um “rapaz que dizia ser o Czarevich”. Eu, de facto, já tinha ouvido esse rumor que se espalhou por toda a cidade de Omsk. Dizia-se que estava numa cidade pequena chamada Altai. Tinham-me dito que os habitantes o tinham saudado com entusiasmo, as crianças da escola tinham feito uma recolha de fundos em seu nome, e o governador da estação tinha-lhe oferecido, de joelhos, pão e sal.
Além disto, o Admiral Kolchak tinha recebido um telegrama a pedir-lhe que fosse assistir o pretendente a Czarevich. Eu não dei importância a estas histórias.
A porta da sala seguinte foi aberta um pouco e eu pude observar, sem ser reconhecido, um rapaz mais alto e mais forte do que o Czarevich que parecia ter cerca de 15 ou 16 anos. As únicas semelhanças com Alexis Nikolaevich eram o seu uniforme de marinheiro, a cor do cabelo e a forma como o arranjava.
A porta da sala seguinte foi aberta um pouco e eu pude observar, sem ser reconhecido, um rapaz mais alto e mais forte do que o Czarevich que parecia ter cerca de 15 ou 16 anos. As únicas semelhanças com Alexis Nikolaevich eram o seu uniforme de marinheiro, a cor do cabelo e a forma como o arranjava.
Alexis em 1917
Contei ao General D as minhas conclusões. O rapaz foi-me apresentado. Fiz-lhe várias perguntas em Francês e ele permaneceu calado. Quando finalmente falou, disse-me que tinha compreendido tudo o que lhe tinha perguntado, mas que tinha as suas próprias razões para falar apenas em Russo. Depois de ter dito isto, comecei a falar com ele nessa língua. Isto também não deu resultado. Depois ele disse que tinha decidido responder apenas ao Admiral Kolchack. Então a entrevista acabou.
Mais tarde o rapaz confessou que era um impostor.
O destino pôs-me no caminho do primeiro de muitos incontáveis pretendentes que, sem dúvida, nos próximos anos vão continuar a ser uma fonte de problemas e agitação entre as massas dos camponeses russos ignorantes e facilmente iludidos.”
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