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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Biografia - Olga Nikolaevna (1º parte)


Olga Nikolaevna Romanova foi a primeira filha de Nicolau II e Alexandra Feodorovna, nascida no dia 15 de Novembro de 1895 no Palácio de Alexandre em Czarskoe Selo. Entre os seus padrinhos encontrava-se a sua bisavó, a rainha Vitória de Inglaterra.

Olga com os pais em 1895
No dia em que Olga nasceu, os seus jovens pais estavam no Palácio de Alexandre e passaram a tarde com um misto de medo e ansiedade enquanto esperavam o nascimento seu primeiro filho. O parto não foi fácil devido ao tamanho do bebé e o médico foi até forçado a utilizar forceps para conseguir retirar a criança. Nicolau escreveu no seu diário:

“Sexta-Feira. Um dia que irei para sempre recordar, durante o qual sofri muito! Por volta da uma da manhã, a minha querida Alix começou a ter dores que não a deixavam dormir. Esteve todo o dia na cama com muitas dores, coitada. Não consegui ficar calmo ao pé dela. A mamã chegou de Gatchina às duas da manhã. Nós os três – ela, a Ella [grã-duquesa Isabel Feodorovna] e eu – estivemos sempre com a Alix. Exactamente às nove da manhã ouvimos o choro da bebé e respiramos de alívio! Com uma oração chamamos a nossa filha enviada por Deus de ‘Olga’! Quando toda a ansiedade passou e os terrores acabaram, ficou apenas uma sensação de bênção pelo que tinha acontecido! Graças a Deus que a Alix passou bem o nascimento e esteve muito alerta durante a noite. Jantei com a mamã e quando fui para a cama, adormeci logo!"

O nome da menina foi escolhido por ser um nome russo antigo que significa “Sagrado” ou “Saudável” e por ser tradicionalmente utilizado na família imperial.

Olga com o pai, Nicolau
Toda a família ficou encantada com o nascimento da bebé de olhos azuis e cabelos claros, mas também houve um certo sentimento de decepção por não ser um herdeiro. A irmã do czar, Xenia Alexandrovna, escreveu:

“Nasceu uma filha ao Nicky e à Alix! É uma grande alegria, apesar de ser também uma pena por não ser um filho! As dores de parto começaram já de madrugada. Às 10 da manhã fomos para Czarskoe. O pobre Nicky e a mamã estavam exaustos. A bebé é enorme – pesa 4,5 kg – e teve de ser puxada com forceps! Uma coisa horrível de ser testemunhada. Mas graças a Deus tudo acabou bem. Vi a querida Alix e ela está com bom aspecto com a pequena Olga deitada ao lado dela na cama.”


Olga (dir.) com a avó, Maria Feodorovna, e a prima, a princesa Irina Alexandrovna, filha da grã-duquesa Xenia Alexandrovna
Nicolau e Alexandra ficaram felizes e satisfeitos. Ainda eram muito novos e tinham tempo suficiente para ter um herdeiro. A irmã de Alexandra, a grã-duquesa Isabel Feodorovna, escreveu à rainha Vitória:



“A Alix está com bom aspecto e o facto de querer ser ela mesma a tomar conta do bebé faz-lhe muito bem. A alegria que eles sentem por ter a bebé nunca os deixou sentir pena por a pequena Olga ser uma menina.”


Nicolau II era como qualquer pai orgulhoso: estava quase sempre presente quando se estava a dar banho ou a mudar a fralda da bebé e fazia pequenas notas sobre isso no seu diário:


“De manhã admirei a nossa maravilhosa filha. Ela não se parece nada com um bebé recém-nascido por ser tão grande e ter a cabeça cheia de cabelo. Fui dar uma pequena volta a pé. Voltei para junto da minha querida esposa às três da tarde. Graças a Deus que tudo está bem, mas a bebé não quer mamar dela, por isso tivemos que chamar a ama de leite outra vez.”

Olga com a sua ama
Vários dias depois do bebé nascer, Nicolau escreveu uma carta à avó de Alexandra, a rainha Vitória:


A querida Alicky que está agora na cama implorou-me para lhe agradecer com muito carinho pela sua carta e pelos desejos de felicidade. Graças a Deus tudo acabou bem e tanto ela como a pequena criança estão a evoluir muito bem. Ela está muito satisfeita por puder amamentar a nossa querida bebé sozinha. Quanto a mim acho que isso é a coisa mais natural que uma mãe pode fazer e penso que ela é um exemplo excelente. Estamos ambos muito felizes por ter aceite ser madrinha da nossa primeira filha.”


Olga com a sua mãe, Alexandra, e a sua bisavó, a rainha Vitória

A pequena Olga foi baptizada no dia 14 de Novembro de 1895. A cerimónia decorreu na Igreja do Palácio de Catarina para onde ela foi  levada numa carruagem dourada. Foi coberta com uma manta de tecido dourado e levada para a igreja numa almofada do mesmo padrão pela princesa Galtzin. Os seus padrinhos foram a imperatriz Maria Feodorovna, que descreveu Olga como “uma bebé excepcionalmente grande, inacreditavelmente forte e gorda e é tão pesada que uma pessoa mal consegue pegar nela”, a rainha Olga da Grécia, a rainha Vitória do Reino Unido, a grã-duquesa Olga Alexandrovna, a imperatriz Vitória da Alemanha, o rei Cristiano IX da Dinamarca, o grão-duque Ernesto de Hesse e o grão-duque Vladimir Alexandrovich.

Mais tarde foi escrito que “a grã-duquesa Olga era uma bebé loira e gorda e não mostrava em criança a beleza que lhe pertenceria quando crescesse.”

Olga com a mãe Alexandra
Em Dezembro desse ano, Olga foi levada do quarto dos pais para os quartos de criança no andar superior e foi entregue a uma ama. Os seus pais, principalmente Alexandra, não ficaram muito satisfeitos com esta nova fase.

“A querida Alix estava muito nervosa porque a chegada da nova ama inglesa vai trazer algumas mudanças à nossa vida familiar. A nossa filha vai ter de ser levada para o andar de cima, o que é uma pena e uma grande chatice!”

A imperatriz costumava aparecer no quarto da filha com muita frequência , o que deixava a ama nervosa.

A partir de Março de 1896 Olga passou a vestir pequenos vestidos. Numa carta que escreveu à sua sogra, a imperatriz Maria Feodorovna, Alexandra escreveu:

A bebé está muito feliz e manda beijos para a querida avó (…) é muito estranho vê-la como uma criatura tão grande e gorda a rir-se e a gatinhar por todo o lado. Agora ela pesa um pouco mais do que a Irina, mas, claro, não é tão comprida.”

Irina era a prima de Olga, apenas quatro meses mais velha.

Olga (dir.) com a prima Irina
Todos os parentes queriam ver a pequena filha do czar e, por isso, o casal decidiu levar a bebé com eles quando fizeram uma viagem pela Europa que os levou pela Áustria, Dinamarca, Inglaterra, França e Alemanha. A família regressou a casa dois meses depois e pôde desfrutar de alguma paz novamente. Algum tempo depois de regressarem, Xenia escreveu no seu diário:

“Antes do chá fomos até ao quarto da bebé. O Nicky e a Alix sentaram-se junto da filha e brincaram com ela! Ela é uma menina esplêndida e enorme e parece ter ficado mais bonita, alta e ainda mais gorda!”


Numa carta para o seu irmão Jorge, Nicolau brincou sobre uma futura visita da prima de Olga, Irina: “Já as estou a ver a puxar o cabelo uma à outra e a lutar uma com a outra por causa dos brinquedos.”

Além de Irina, os amigos de Olga eram principalmente os seus primos Maria Pavlovna e Dmitri Pavlovich que tinham sete e seis anos. Maria recordou mais tarde que achava Olga “uma bebé incrivelmente feia” com a cabeça demasiado grande para o seu pequeno corpo.

Os seus primos costumavam provocá-la dizendo: “Que tipo de grã-duquesa és tu se nem consegues tocar nesta mesa?” Olga encolhia os ombros e respondia: “Não sei. Pergunta ao meu pai. Ele sabe tudo.


Olga com um ano de idade
Desde os seus primeiros anos de vida, Olga era conhecida pela sua personalidade carinhosa e desejo de ajudar outros, mas também pelo seu temperamento imprevisível, honestidade cega e mau humor.

Nos finais de 1897, Nicolau escreveu no seu diário: “As nossas filhas estão a crescer e a transformar-se em meninas felizes e encantadoras. A Olga fala tanto em russo como em inglês e adora a irmã mais nova. Os Cossacos e soldados são os melhores amigos da Olga e ela cumprimenta-os a todos quando está a passar no corredor.”

Quando Margaret Eagar chegou ao palácio em finais de 1898, reparou que “a pequena grã-duquesa Olga tinha pouco mais de três anos. Era uma criança muito bonita com os seus grandes olhos azul-acinzentados e caracóis loiros.”

Era uma criança alegre e esperta. Em 1902 Alexandra escreveu ao seu marido: “Para manter as crianças ocupadas disse-lhes para pensarem em coisas e depois deixar a outra adivinhar o que tinha pensado. A Olga pensa sempre no sol, nas nuvens, no céu ou algo que pertença ao paraíso e explicou que quando pensava nessas coisas ficava muito feliz.”

Olga com os pais e a irmã Tatiana
Em 1899 a Imperatriz quis um quadro das suas filhas. As crianças eram ainda muito pequenas na altura – Olga tinha quatro anos, Tatiana dois e meio e Maria tinha apenas dois meses. O artista tirou várias fotografias das meninas, mas chegou à conclusão de que não conseguia trabalhar sem as ter à sua frente, apesar de a ama lhe ter suplicado para não as chamar. Ele insistiu que não seria um quadro artístico e quis que as filhas do czar se sentassem à sua frente durante três a quatro horas por dia. As crianças, obviamente, aborreceram-se rapidamente. Olga finalmente perdeu a paciência e saltou da cadeira gritando para o pintor: “És um homem muito feio e eu não gosto de ti nem um bocadinho!” O artista sentiu-se insultado e respondeu: “Fica a saber que és a primeira senhora que me achou feio e, além disso, eu não um homem, sou um cavalheiro!


Olga (dir.) com as suas irmãs Tatiana e Maria
Os criados tratavam Olga e as irmãs pelo primeiro nome e alcunhas e não usavam os seus títulos reais. Contudo a governanta e os tutores de Olga também reparavam nos impulsos autocráticos da filha do czar de todas as Rússias, um dos homens mais abastados do mundo.

Enquanto as suas irmãs ajudavam as criadas a arrumar os quartos e a fazer as camas, Olga tinha tendência a ser preguiçosa e déspota ao ponto de a mãe se queixar frequentemente do seu comportamento. As crianças foram ensinadas a pedir educadamente pelo que queriam e a filha mais velha costumava dar ordens sem pensar no efeito das suas palavras, um defeito que a acompanhou desde a infância. Uma vez, foi levada pela ama para ver uma colecção de coches a um museu. A pequena Olga sentou-se em cada uma delas durante algum tempo até escolher a maior e mais bonita e depois disse: “Escolho esta!” e, com um tom sério, ordenou que a carruagem fosse preparada e enviada para Czarskoe Selo onde ela a utilizaria para os seus passeios diários. As suas ordens não foram cumpridas, para o alívio da sua governanta.

Olga a andar de burro em Darmstadt (1899)
Durante um passeio por São Petersburgo, a ama de Olga estava bastante preocupada porque a filha mais velha do imperador estava pálida e não parecia estar a sentir-se bem. Subitamente a grã-duquesa sentou-se muito direita com as mãos no colo e, passado algum tempo, perguntou: “Viste o polícia?”. A ama respondeu que não era fora do normal ver um polícia e que ele não lhe ia fazer mal. No entanto a criança ainda ficou nervosa. “Mas este estava a escrever qualquer coisa. Estava com medo que ele estivesse a escrever ‘Eu vi a Olga e ela portou-se muito mal'.” A ama perguntou de onde tinha ela tirado aquela ideia e ela explicou que, não muito tempo antes, tinha visto uma mulher bêbada a ser presa na rua e disseram-lhe que essa mulher se tinha portado mal e, por isso, o polícia tinha feito bem em levá-la. Então a ama explicou que uma pessoa tinha de ser mais velha e portar-se mesmo muito mal para que a polícia a prendesse. Olga não ficou completamente satisfeita com a explicação e, quando chegou a casa, perguntou a todos os guardas se um polícia não tinha aparecido no palácio. Nesse mesmo dia, Olga foi ver os seus pais e contou-lhes tudo o que tinha acontecido, dizendo alegremente que havia pessoas que nunca tinham sido presas durante toda a vida. Então perguntou ao pai se ele nunca tinha sido preso e ele respondeu que não, com um sorriso. Os olhos de Olga abriram-se e ela exclamou alegremente: “Oh! Deves ter sido muito bonzinho!

Este incidente prova que as grã-duquesas, protegidas das ruas perigosas de São Petersburgo pelos muros do Palácio, não sabiam muito sobre a vida no mundo exterior.


Olga
A falta de conhecimento da vida real reflectia-se na falta de preparação das filhas do czar para hábitos tão comuns como utilizar dinheiro. A primeira experiência que elas tiveram a fazer compras foi durante uma viagem à terra natal da mãe, Darmstadt. Quando Olga e Tatiana foram levadas a uma loja de brinquedos e lhes disseram que poderiam escolher o que quisessem para si e para os amigos e familiares, a filha mais velha inspeccionou a loja inteira e acabou por escolher o brinquedo mais pequeno disponível. Os empregados da loja mostraram-lhe outros brinquedos mais caros e interessantes, mas ela respondia sempre que não os queria. Quando as pessoas que a acompanharam à loja lhe disseram que, se ela não levasse brinquedos melhores, os donos da loja iriam ficar muito tristes, ela respondeu: “Mas os brinquedos mais bonitos são de outras meninas, tenho a certeza. Imaginem como elas ficariam tristes se regressassem a casa e descobrissem que os tínhamos enquanto elas não estavam.



Olga defendia que os direitos das crianças mais velhas deveriam ser protegidos. Quando lhe contaram a história bíblica de José e o seu casaco de muitas cores, ela simpatizou mais com os irmãos mais velhos do que com José e preferia Golias a David. Quando o seu tutor de Francês, Pierre Gilliard, lhe estava a ensinar a formação dos verbos franceses, Olga de dez anos respondeu: "Estou a perceber, monsieur . Os auxiliares são os servos dos verbos. Só o pobre avoir é que tem de mudar sozinho."

Quando o czar Nicolau II comprou um projector, organizou uma exibição de um filme para as filhas e alguns amigos. Numa cena de um filme eram mostradas duas meninas, cada uma delas sentada em frente de uma mesa cheia de brinquedos. Subitamente a menina mais velha quis tirar um brinquedo da mesa da mais pequena que o segurou com força e se recusou a entregá-lo. Vendo as suas tentativas de tirar o brinquedo frustradas, a mais velha pegou numa colher e começou a bater na mais nova com ela. A menina largou o brinquedo e começou a chorar. A pequena Tatiana também chorou ao ver a criança tão mal tratada, mas Olga manteve-se muito calada. No final a menina mais velha foi castigada. Quando o filme acabou, Olga disse: “Não percebo porque vimos o filme até ao fim.” A ama disse que o objectivo era perceber que não se devia ter aquele comportamento, mas Olga respondeu: “Tenho a certeza que a boneca pertencia à irmã mais velha que a emprestou à irmã mais nova por ser muito simpática. Depois quando ela a queria de volta e a irmã não a quis dar ela teve de lhe bater.”

Dentro da família, Olga era muito próxima da sua irmã Tatiana e as duas eram conhecidas como "o Par Grande", enquanto que as outras duas irmãs, Maria e Anastásia eram "o Par Pequeno".


Tatiana e Olga
Olga tinha uma relação melhor com o seu pai do que com a sua mãe e era frequente as duas discutirem. Ela queixava-se muitas vezes do facto de a mãe adoecer com facilidade, uma vez que, quando isso acontecia, as filhas tinham de estar com ela mais tempo do que o costume. Numa carta à avó, Maria Feodorovna, Olga escreveu: “Como de costume o coração dela não está bem. É tudo tão desagradável.

Anna Vyrubova, dama-de-companhia da czarina, escreveu sobre Olga:

“Era talvez a mais inteligente das irmãs, tinha uma mente e ideias muito rápidas, tão cheias de conhecimento que ela aprendia quase sem esforço. As suas características principais eram, na minha opinião, uma grande força de vontade e uma honestidade singular. Embora estas sejam qualidades admiráveis numa mulher, essas mesmas características acabam por ser cansativas durante a infância e a Olga, quando criança, mostrava-se muitas vezes teimosa e até desobediente. Tinha um temperamento difícil que, apesar de tudo, aprendeu depressa a controlar e, se tivesse podido viver a sua vida normalmente, acredito que se teria tornado numa mulher de grande influência e distinção. Era extraordinariamente bonita com olhos azuis brilhantes e uma feição amorosa. Parecia-se muito com o pai nas feições, especialmente no seu nariz delicado com a ponta ligeiramente levantada.”


Olga Nikolaevna
O tutor ingles, Gibbes, disse sobre Olga:

“Ela tinha um temperamento quente, mas não guardava ressentimentos. Tinha o coração do pai, mas faltava-lhe a sua consistência. Os seus modos eram rudes. Ela era inteligente e matura intelectualmente. Uma pessoa via-a como uma ‘boa jovem russa’ que adorava a solidão, ler poesia, que não era prática e detestava as tarefas do dia-a-dia. Ela era muito musical e costumava improvisar no piano. Era directa e sincera e incapaz de esconder os seus sentimentos. Todos viam que ela era mais próxima do pai do que da mãe.”

Ao contrário das suas irmãs, Olga gostava muito de ler. Não era fora do comum entrar na biblioteca da mãe, tirar um livro da estante e dizer a brincar: “Tens de esperar para eu ver se este livro é bom para tu leres, mamã!” Ela gostava de ler livros históricos, normalmente em inglês e francês.


Olga com os pais
Olga era muito religiosa e apaixonadamente dedicada à Igreja Ortodoxa. Fez a sua primeira confissão em Moscovo durante a Quaresma de 1903. Desde bebé frequentou a igreja regularmente.

Olga tinha oito anos, em Novembro de 1903, quando lidou com a primeira morte. A  sua prima, a princesa Isabel de Hesse-Darmstadt, morreu de febre tifóide enquanto visitava os Romanov na sua propriedade na Polónia.

Na manhã de Natal que se seguiu a esta tragédia, Olga acordou e a primeira coisa que perguntou foi: “Deus enviou o corpo da prima Ella durante a noite?” A ama respondeu que isso era impossível. Ela ficou muito desapontada e disse: “Pensei que Ele a ia enviar para passar o Natal connosco.

Olga e Tatiana com a prima, a princesa Isabel de Hesse-Darmstadt
De todos os seus alunos, Pierre Gilliard parecia preferir Olga. Quando chegou ao palácio pela primeira vez no Verão de 1905, foi levado para uma sala mobilada em estilo inglês. A porta abriu-se e a imperatriz entrou trazendo as suas duas filhas mais velhas pela mão. Quando as duas crianças se sentaram uma em cada lado da mesa, o novo tutor pode examiná-las pela primeira vez. Mais tarde recordou a sua primeira impressão nas suas memórias: “Olga, a mais velha, era uma menina de dez anos, muito loira, com olhos brilhantes e malandros e um nariz ligeiramente ‘retroussé’. Ela examinou-me com um olhar que, desde o primeiro momento, parecia estar a procurar o meu ponto fraco, mas havia algo de tão puro e franco na criança que uma pessoa gostava logo dela.” Ele também reparou que elas estavam mais atrasadas nos estudos do que ele estava à espera. Anos mais tarde um outro professor afirmou que as filhas do czar estavam menos educadas do que um aluno de secundário mediano.


1 comentário:

  1. I absolutely adore that photo of the Big Pair with Little Ella. Thank you

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