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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Off-topic - Excerto de "Queen Victoria's Children" de John Van Der Kiste (Biografia da Rainha Vitória - Parte Dois)

Rainha Vitória no início do seu reinado

As pressões de uma adolescência difícil tinham deixado a sua marca na jovem Rainha Vitória e ensombraram os seus primeiros dois anos de reinado. "Mamã" e filha apareciam juntas em cerimónias de Estado, mas em privado tinham o menor contacto possível. Vitória contava tinha ainda o apoio devoto dos seus confidentes Lehzen e Stockmar, este último tinha-se tornado num emissário regular do rei Leopoldo. Porém, em pouco tempo, a sua relação com o primeiro-ministro, Lord Melbourne, ultrapassou-os em pouco tempo. A vida privada do velho aristocrata cínico, mas charmoso foi trágica e arruinada pelo comportamento selvagem da sua mulher e pela epilepsia do seu único filho. Ambos morreram antes dele. Tanto ele como a jovem rainha tinham falta de afetos e encontraram uma excelente companhia um no outro. Os dois passaram muitas horas felizes a conversar pela noite dentro no Castelo de Windsor. No dia da sua coroação, a 28 de junho de 1838, o seu apoio e encorajamento foram inestimáveis para ela. Esta preocupação foi um sentimento marcadamente oposto ao da duquesa de Kent que insistiu persistentemente que devia seguir antes do primeiro-ministo na procissão da coroação.

Lord Melbourne

Em 1839, a rainha Vitória que ainda não tinha 20 anos, estava a sofrer a uma reação aos seus primeiros dezoito meses de reinado. O seu entusiasmo e dedicação aos seus deveres estavam a ter as suas consequências; e isto, para além da má relação que tinha com asua mãe e com Conroy, fez com que ela cometesse dois erros que iam contra o seu bom senso, um deles com consequências desastrosas.

Melbourne demitiu-se em maio após uma derrota no parlamento e, a rainha, bastante contrariada, chamou o líder dos Conservadores, Sir Robert Peel para formar governo. Ele pediu-lhe educadamente que ela substituísse as damas-de-companhia do seu quarto apoiantes do partido Whig (liberal); furiosa, a rainha recusou-se a fazê-lo. Quando ele respondeu que, infelizmente, nessas condições não poderia assumir o seu cargo, a rainha voltou a chamar Melbourne triunfalmente. A "crise do quarto" foi uma vitória para a rainha, mas acabou por criar a ideia de que a coroa se identificava com um partido.

Sir Robert Peel

Se este tivesse sido o único acidente, a reputação da rainha não teria sido muito danificada. Infelizmente, surgiu ao mesmo tempo que o caso escandaloso de  Lady Flora Hastings. Lady Flora era uma das damas da duquesa de Kent e, como tal, era uma amiga chegada de Conroy e uma grande inimiga de Lezhen. Logo no início do ano, quando regressava a Londres depois de uma viagem à Escócia de comboio com Conroy, ela sentiu-se mal. Começaram a correr rumores de que ela estaria grávida. A rainha e Lezhen estavam prontas para acreditar no pior e Melbourne não fez nada para as desencorajar. Com coragem, Lady Flora submeteu-se a um exame médico feito por médicos reais e que provaram que ela ainda era virgem. Foi-lhe diagnosticado um tumor maligno no estômago e, apesar de a rainha ter feito tudo o que podia pela "pobre Lady Flora", ela morreu em julho. A popularidade da rainha desceu a pico e a carruagem que ela enviou para o funeral foi atingida por pedras atiradas pela multidão em fúria.

Lady Flora Hastings

Depois de um verão carregado de crises, a rainha Vitória ficou exausta por algum tempo. No fim de julho, ela disse a Melbourne de forma petulante que o assunto do seu casamento era detestável para ela e, se pudesse, preferiria não se casar.

Porém, este não era um problema que se podia adiar para sempre. A rainha tinha vinte anos e todos esperavam que ela se casasse e tivesse herdeiros, e ainda mais devido à crise de sucessão da geração anterior. Naquela altura, o seu herdeiro era Ernesto Augusto, o rei de Hanôver. Como duque de Cumberland, ele era o membro menos popular da família. Os rumores de que ele tinha praticado incesto com a sua irmã Sofia e matado o seu criado de quarto eram certamente falsos, já para não dizer injuriosos. Porém, o seu temperamento violento, a sua cara marcada por cicatrizes de batalhas e preferências políticas reacionárias tinham feito os britânicos recear a possibilidade de se submeterem a um reinado de Ernesto Augusto e desconfiavam da sua terra natal.

Ernesto Augusto, rei de Hanôver
Também havia fatores pessoais que tornavam a possibilidade do casamento algo aconselhável. A rainha estava, inevitavelmente, a começar a considerar a companhia de Lord Melbourne aborrecida e a sua falta de compostura, algo ofensiva. Devido à falta companhia de pessoas mais jovens durante a sua infância, como mais tarde a própria viria a admitir, ela "não tinha forma de exteriorizar os meus violentos sentimentos de afeção". A visita de Alexandre, o grão-duque da Rússia a Windsor naquele verão tinha-a encantado e Vitória sentiu bastante a sua falta depois de ele se ir embora. A sua transição repentina do berçário para o trono tinha sido uma alegria ao início, mas a solidão que encontrou na sua nova independência estava a começar a ter efeitos negativos. Todos sairiam a ganhar se a rainha se casasse em breve.

Alexandre II da Rússia

A princesa Vitória tinha vindo ao mundo com o auxílio da parteira Fraulein Charlotte Siebol que abandonou o Palácio de Kensington para viajar para a Alemanha pouco depois do parto da duquesa de Kent. A cunhada da duquesa, Luísa, a duquesa de Saxe-Coburgo Saafeld, estava grávida pela segunda vez. Ela e o duque Ernesto já tinham um filho, também chamado Ernesto, que estava destinado a herdar o ducado do pai. A 26 de agosto de 1819, ela ajudou no parto de um filho, Alberto.

Tal como Vitória, Alberto teve uma infância infeliz. A união dos seus pais estava longe de ser perfeita. Ernesto era dezassete anos mais velho do que a sua mulher e quando se tornou duque em 1826, os dois estavam separados. Ambos encontravam consolo em casos extra-conjugais e divorciaram-se por consentimento mútuo nesse mesmo ano. Luísa ficou bastante perturbada quando se despediu dos filhos que nunca mais voltou a ver e Alberto ainda ficou mais afetado pela situação do que o irmão. Nunca mais esqueceu a sua mãe que se voltou a casar, mas morreu de cancro em 1831. Após a sua morte, o duque Ernesto casou-se com a sua sobrinha, a princesa Maria de Württemberg. Assim, os rapazes ficaram sem mãe durante a maior parte da sua infância e as pessoas que mais os influenciaram enquanto cresciam foram as suas avós e o tutor, Herr Rath Florschutz.

Príncipe Alberto com o seu irmão Ernesto e a mãe, antes da separação

Ernesto e Alberto eram quase inseparáveis. Porém, cresceram com personalidades bastante distintas. Ernesto , mais extrovertido, tinha herdado o comportamento dissoluto e os hábitos perdulários do seu desagradável pai. Alberto, mais sensível, era o completo oposto do irmão, partilhando com ele apenas o gosto por partidas e imitações. Porém, nunca houve nada que destruísse a união fraternal entre eles, apesar de mais tarde Alberto ter ficado chateado com a gratificação e casos extra-conjugais do irmão.

Quase desde o seu nascimento que a família queria que Alberto se casasse com a princesa Vitória de Kent. Quando ele tinha dois anos, a sua avó, a duquesa viúva Augusta de Saxe-Coburgo escreveu uma carta à duquesa de Kent onde dizia que Alberto estava "agarrado à sua prima linda". Não demorou muito até que a duquesa de Kent e o rei Leopoldo se afeiçoassem a este plano, principalmente depois de se tornar evidente que o rei Guilherme e a rainha Adelaide não deixariam herdeiros. O próprio Alberto conhecia o plano desde pequeno e Vitória foi informada antes de se tornar rainha.

Os primos conheceram-se pela primeira vez em maio de 1836 quando o duque Ernesto levou os seus filhos a Inglaterra para uma visita curta. Pareceu logo evidente que Alberto não partilhava o gosto de Vitória pelas horas noturnas tardias. É possível que também tenha sido afetado pelo nervosismo uma vez que ficou doente na véspera do aniversário de Vitória. Alberto conseguiu reunir coragem suficiente para ir a um baile no Palácio de St. James com ela na noite seguinte, mas quase desmaiou e foi enviado para a cama. Apesar de tudo, Alberto causou uma boa impressão a Vitória. Apesar de ela gostar de ambos os irmãos e de achar que ambos eram "tão, tão agradáveis e divertidos e alegres, como os jovens devem ser". A boa aparência de Alberto, o seu talento para a música e para a arte e conversas espirituosas ao pequeno-almoço deram-lhe uma ligeira vantagem em relação ao seu irmão. Quando se foram embora, Vitória escreveu prosaicamente ao rei Leopoldo que Alberto possuía "todas as qualidades que posso desejar para ser perfeitamente feliz".



Retratos de Alberto e Vitória de 1839

O primeiro-ministro Melbourne ficou distintamente pouco entusiasmado com a ideia de um casamento entre Vitória e Alberto e lembrou a rainha da desconfiança dos seus súbditos em relação a estrangeiros. Porém, tinha de concordar que parecia não haver mais ninguém apropriado. Se ela se casasse com um inglês, haveria ciúmes e problemas de precedência. De forma tática, chegaram a acordo de que não haveria necessidade para fazer uma decisão final até dali a pelo menos quatro anos.

Contudo, o rei Leopoldo não estava disposto a adiar o assunto indefinidamente.. Para que o seu plano tivesse alguma réstia de esperança de sobrevivência, teria de ser executado cuidadosamente. Se ele fizesse demasiada pressão, sabia que a antipatia de Vitória em relação ao casamento seria uma barreira impossível de ultrapassar. Se não fizesse nada,  seria bastante injusto para Alberto. O jovem aceitava ser paciente desde que a rainha aceitasse o casamento no final da espera, mas se ela adiasse o assunto por demasiado tempo e o rejeita-se, as suas hipóteses de encontrar uma princesa solteira para casar diminuiriam.

Em julho de 1839,  Vitória confessou ao rei Leopoldo que se sentiria "bastante repugnada" se tivesse de abdicar da sua situação de mulher solteira e acreditava que não havia grande pressão por parte do povo para que ela se casasse. Será que Alberto se tinha apercebido de que não havia qualquer tipo de compromisso entre eles? Apesar das boas opiniões que ela tinha dele, "posso gostar dele como amigo e como primo e como irmão, mas não mais do que isso; e se fosse esse o caso (o que não é provável), quero muito que não me acusem de estar a quebrar uma promessa quando não fiz nenhuma".

Rainha Vitória em jovem

Foi com alguma trepidação que a rainha e o príncipe aguardaram pelo encontro crucial de 10 de outubro de 1839, À medida que a data se aproximava, Vitória ficava cada vez mais nervosa. Quanto a Alberto, este tinha sido avisado da teimosia de Vitória e não gostava de estar na situação de futuro marido à espera de aprovação. Porém, quando se encontraram, Vitória ficou imediatamente abismada com a mudança de Alberto desde o seu último encontro. Ele tinha crescido bastante e estava mais imponente. Apesar de não estar completamente recuperado de uma viagem difícil, radiava com confiança e charme.

"Foi com alguma emoção que observei o Alberto - que está lindo" - escreveu a rainha no seu diário nessa noite. Não falou de Ernesto que o acompanhava. Apesar de o ter mencionado mais tarde quando escreveu "os meus queridos primos", era evidente que só tinha olhos para Alberto. Quando Melbourne elogiou a inteligência de Ernesto, Vitória respondeu que Alberto era muito mais inteligente. Os dois cavalgavam durante o dia e dançavam nos bailes da corte à noite. A 15 de outubro, ela disse timidamente a Alberto que ficaria "demasiado feliz" se ele aceitasse casar com ela. Depois abraçaram-se com afeto. Depois da tensão da semana anterior foi um alívio para ambos quando decidiram o desfecho que as suas famílias desejavam com fervor. Alberto e Ernesto ficaram na Inglaterra durante mais quatro felizes semanas e foram embora no dia 14 de novembro.

Durante os três meses que antecederam o seu casamento, houve bastantes problemas. O rei Leopoldo queria que Alberto recebesse um título inglês, uma vez que pensava que era pouco apropriado que o marido da rainha tivesse um título estrangeiro. Já a rainha, queria que Alberto fosse rei consorte. Graças ao conselho prudente de Melbourne de que não deveriam fazer nada precipitadamente, o assunto foi adiado. A declaração de casamento da rainha, feita a 23 de novembro ao Conselho Privado, quase causou um tumulto. Não se falou da religião do príncipe Alberto e espalhou-se o rumor de que ele era católico. A irritação da rainha com estes dois desentendimentos fastidiosos não se comparou à sua fúria quando o rendimento anual de 50 000 libras normalmente atribuído ao consorte do monarca e proposto pela administração de Melbourne, foi reduzido para 30 000 libras pelo parlamento. Ela sentia que a oposição Tory estava a fazer de Alberto um bode expiatório devido à sua nacionalidade. Se se tivesse casado com o seu primo "odioso", o príncipe Jorge de Cambridge, disse ela friamente, ele talvez tivesse recebido a totalidade do rendimento sem qualquer problema.

Alberto aceitou a sua humilhação com graça. Porém, achou pouco sensato que a sua futura mulher se intrometesse nos seus desejos. Sempre consciente das instruções de Stockmar que diziam que a família real britânica não se devia envolver na política, e ciente dos danos da crise do quarto e do escândalo de Lady Flora Hastings, Alberto queria que o seu pessoal fosse composto por membros de ambos os partidos em igual número e, de forma a atenuar a sua solidão num país novo, pediu que fossem colocados alemães sem afiliações políticas em postos-chave. Instruída por Melbourne e relembrada da "desconfiança para com estrangeiros", a rainha não aceitou esse pedido. Vitória também estava determinada a passar uma lua de mel curta em Windsor e disse a Albert sem rodeios que era a rainha e "podes esquecer o assunto".

Alberto chegou ao Palácio de Buckingham, vindo de Coburgo, a 8 de fevereiro de 1840 e o casamento aconteceu dois dias depois na Capela Real do Palácio de St. James. Durante a cerimónia, os convidados notaram que os olhos da rainha Vitória estavam "bastante inchados devido às lágrimas, mas o seu rosto mostrava felicidade", enquanto que Sua Alteza Real, o Príncipe Alberto parecia estar bastante constrangido, envergonhado e "agitado quando respondia às perguntas".

Vitória e Alberto no dia do casamento
                                                 
Depois da cerimónia e já em Windsor, a rainha reagiu ao seu entusiasmo nervoso e à azafama dos dias anteriores com uma enorme dor de cabeça que a levou a deitar-se no sofá e a impediu de jantar; "mas doente ou não, eu NUNCA NUNCA passei uma noite tão boa!!! O meu QUERIDÍSSIMO QUERIDÍSSIMO QUERIDO Alberto sentou-se num banco para os pés ao meu lado e o seu amor  e afeto excecionais fizeram-me sentir amor e felicidade divinais que jamais pensei que iria sentir!"

Cedo na manhã seguinte, Vitória e Alberto foram dar um passeio no parque e a rainha estava quase sem fôlego enquanto tentava manter o ritmo das passadas longas e energéticas do marido . Ao observá-los, a duquesa de Bedford achou que a rainha estava "bastante apaixonada por ele, mas parece que ele não partilha nem um pouco esses sentimentos". O diarista cínico Charles Greville achou "estranho que uma noite de núpcias seja tão curta" e essa "não é a melhor forma de nos darem um príncipe de Gales".

Rainha Vitória com o seu vestido de noiva

A rainha estava com ideias de esperar bastante tempo por isso, Ela odiava e receava a ideia da gravidez e queria pelo menos um ano de "aproveitamento feliz" com Alberto. Porém, o destino tinha outras ideias. Poucas semanas depois do casamento, Vitória estava enceine. A tragédia da princesa Carlota ainda estava fresca na mente das pessoas e uma visita da rainha Vitória a Claremont pouco tempo depois de ter anunciado a gravidez deu aso a rumores macabros. Rumores esses que diziam que a rainha acreditava que também ia sucumbir ao parto. Dizia-se também que ela estava a mobilar o quarto de Carlota de forma a que estivesse como naquela ocasião melancólica de 1817. Vitória estava consciente do que tinha acontecido à sua prima, mas os seus médicos e Melbourne garantiram-lhe que a princesa falecida tinha sido aconselhada a ter uma dieta demasiado "pobre", feito pouco exercício e submetida a sangramentos desnecessários. A rainha foi informada de que os hanoverianos precisavam de bastante comida e vinho. O seu apetite voraz preservaria com certeza a sua saúde e Alberto ficou ansioso com a vontade exuberante para o exercício e para passeios.

Príncipe Alberto

Tal como os acontecimentos do verão de 1839 tinham tornado a coroa bastante impopular, um episódio em junho de 1840 levou o povo a mudar a opinião da rainha. Ela e Alberto estavam a deixar o Palácio de Buckingham para um passeio de carruagem em Constitution Hill quando se ouviram dois disparos que por pouco não lhes acertaram. O autor dos disparos era um rapaz de dezoito anos com problemas mentais chamado Edward Oxford. O jovem foi detido e internado num asilo. A nação, quase pronta a acreditar que o rei Ernesto Augusto de Hanôver era o eminence grise por detrás desta tentativa de assassinato ignóbil à sua rainha grávida, ficou profundamente grata por ela ter escapado. Porém, naquele dia a rainha aprendeu a lição sombria de que havia perigos maiores do que o parto que podiam levar-lhe a vida. Em julho o parlamento passou uma lei que ditava que Alberto seria regente no caso de a rainha morrer prematuramente.

Tentativa de assassinato da rainha Vitória

Esperava-se que o repouso da rainha viesse em dezembro. Ela estava furiosa com as precauções intermináveis que tinha de ter, ressentia o facto de a sua barriga cada vez maior ser o centro das atenções entre os seus visitantes e queixava-se frequentemente de o seu estado não lhe permitir dançar e cavalgar. Mesmo assim, a atenção que Alberto dava a todas as suas necessidades não merecia censura. Ele estava sempre pronto a levantá-la do sofá e levá-la até à cama, puxar a sua cadeira de rodas de uma divisão para a outra ou escrever as suas cartas e ler-lhe um livro numa sala mais escura quando ela achava que a luz a estava a incomodar.

A 21 de novembro, três semanas antes do previsto, a rainha entrou em trabalho de parto. Alberto, o duque de Kent e os assistentes médicos da rainha estavam todos na mesma sala, enquanto que os conselheiros, incluindo Melbourne, Palmerson e Lord John Rustell estavam numa sala adjacente. A rainha descreveu o parto numa carta a Feodora cerca de três semanas mais tarde: "as últimas dores, que dizem normalmente ser as piores, não me custaram nada, começaram às 12:30 e duraram até ás 13:50 quando a menina apareceu... Não tive dores nem febre".

"Oh, senhora. É uma princesa", anunciou o médico gravemente.
"Não faz mal", respondeu a rainha, "para a próxima é um príncipe". 

Rainha Vitória e príncipe Alberto com 5 dos seus filhos