Java

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A Nota Yurovsky (1922) - Primeira Parte

Yakov Yurovsky

Nos primeiros dias de Julho de 1918, recebi uma ordem da parte dos deputados dos Urais do Comité Executivo de trabalhadores, camponeses e soldados soviéticos que me elevaram à posição de Comandante da chamada Casa do Propósito Especial, na qual se encontravam o czar Nicolau II, a sua família e alguns criados chegados a eles.

Entre 7 e 8 de Julho, parti, juntamente com o presidente do Comité Executivo Regional dos Soviéticos dos Urais, o camarada Beloboridov, para a Casa do Propósito Especial, onde substituí o antigo comandante, o camarada Avdeyev. Deve dizer-se que o camarada Avdeyev, assim como o seu assistente, o camarada Ukraintzev, cuidaram dos seus deveres de maneira descuidada no que diz respeito à guarda do czar que, na opinião deles, devia ter sido liquidado imediatamente. Esta atitude reflectiu-se irremediavelmente na moral dos antigos trabalhadores da Fábrica Zlokazovky que se tinham tornado guardas da casa, assim como dos soldados do Exército Vermelho da Fábrica Syseretsky. Já há algum tempo que os trabalhadores diziam que Nicolau e a sua família deviam ter sido mortos para não gastarem o dinheiro das pessoas a manter guardas e tudo o mais. Contudo, nesta altura, o Comité Central ainda não tinha tomado nenhuma decisão definitiva sobre esta questão e era necessário tomar medidas para que os guardas tivessem o mais alto nível de conduta possível. Deve dizer-se que nem o aparelho de comunicação que nos ligava ao regimento soviético e secções da guarda exterior, nem as metralhadoras que tinham sido arranjadas em vários locais funcionavam correctamente. Esta situação forçou-me a contratar alguns camaradas experientes que conhecia da Comissão Extraordinária regional onde tinha sido colega e membro. Desta forma, organizei a guarda interna, contratei novos metralhadores  um dos quais me recordo em particular: o camarada Tzsalms. Neste momento não me recordo dos apelidos de outros camaradas. Deve dizer-se que, em caso de incêndio, não se tomariam quaisquer precauções. Havia equipamento de fogos, havia um poço ao qual se poderia ir buscar água e organizei pessoalmente tudo o que fosse necessário em caso de incêndio. À medida que fui conhecendo os prisioneiros, reparei que estes ainda possuíam bens preciosos, nomeadamente nas mãos de Nicolau, bem como nas da sua família e criados – o cozinheiro Kharitonov, o criado de quarto Trupp e também no Dr. Botkin e na dama-de-companhia, Demidova. Entre os prisioneiros também havia um rapaz chamado Sednev, que servia o Alexei. Os bens de Nicolau estavam guardados em vários locais, dentro de casa e na zona do armazém. Propus organizar uma busca, mas o Comité Executivo não me deu autorização para tal.


A Casa Ipatiev
Deve compreender-se que esta busca não foi considerada necessária uma vez que, por esta altura, tinham acabado de descobrir um esquema que permitia a troca de cartas entre Nicolau e o mundo exterior. No entanto considerei que deixá-los ficar com os seus valores nesta altura poderia não ser seguro tendo em conta o facto de que tal poderia tentar alguns dos guardas, decidi, por minha própria conta e risco, retirar-lhes os bens valiosos que possuíam. Para tal, convidei o assistente do comandante, o camarada Nikulin para me acompanhar e pedi-lhe que documentasse estes bens. Nicolau e os filhos não mostraram descontentamento. O czar só pediu para deixarmos Alexei ficar com o relógio, uma vez que sem ele ficaria aborrecido. Contudo, Alexandra Feodorovna mostrou-se descontente e expressou-se em voz alta quando tentei retirar-lhe a pulseira de ouro do pulso, que se estendia por todo o seu braço e não podia retirar-se sem a ajuda de uma ferramenta. A mulher anunciou que usava aquela pulseira há vinte anos e que agora invadiam a sua privacidade para a tirar. Tendo em conta que as suas filhas possuíam pulseiras iguais, e que não pareciam particularmente valiosas, deixei-as ficar com elas. Depois de documentar estes objectos, pedi a caixa de jóias que Nicolau me entregou para colocar lá dentro todos os objectos. Selei-a com o selo de comandante e entreguei-a a Nicolau para que a guardasse. Quando os visitei para a inspecção, Nicolau entregou-me a caixa de jóias e disse-me: “A sua caixa de jóias está intacta.”


Nicolau e Alexandra na varanda da Casa do Governador em Tobolsk
Quanto a rações, inicialmente, a família recebia uma ração do soviete. Estas refeições estavam longe de ser luxuosas, mas decidimos impedir que chegassem refeições do exterior e estas começaram a ser preparadas na cozinha. Além disso, consegui descobrir que o mosteiro local conseguia entregar tortas coalhadas, manteiga, ovos e coisas parecidas à família. Decidi permitir que tal acontecesse, mas fiquei muito surpreendido por serem permitidas tais liberdades. Mais tarde descobri que o Comandante Avdeyev tinha permitido que tal acontecesse, mas que não permitia que grande parte chegasse à família, ficando com as ofertas para si e para os camaradas. Decidi que tudo o que chegasse para a família lhes devia ser entregue. Foi só no segundo ou no terceiro dia que descobri que as entregas tinham sido autorizadas pelo camarada Avdeyev. Decidi proibir todas as entregas, deixando entrar apenas leite. O Dr. Botkin disse-me que “só depois de ter nomeado nos últimos dois dias temos recebido tudo o que o mosteiro entregava e de repente não podemos receber nada outra vez, as crianças precisam de ser nutrridas, mas a nutrição é tão insuficiente que ficamos muito felizes por receber as entregas do mosteiro”. Contudo, recusei-me a entregar fosse o que fosse, a não ser o leite e decidi que essas entregas deviam ser distribuídas pela população de Ecaterimburgo, uma vez que todas elas eram produzidas na cidade. Pensei que, já que os meus prisioneiros não faziam nada, deviam dar-se por satisfeitos com a mesma ração que todos os cidadãos recebiam. Por esta razão, o cozinheiro Kharitonov anunciou-me que não conseguia preparar nada com meio quarteirão de carne, ao que lhe respondi que eles se deviam habituar a viver sem regalias. Tinham de aprender a sobreviver, como se estivessem presos.

Fosse difícil ou não, Kharitonov teve de começar a usar medidas e pesos exactos para que a quantidade chegasse para cada dia. Disse-lhe que não lhes seria fornecido mais nada caso acabassem com o que tinham antes do previsto.

Maria e Anastásia durante o exílio no Palácio de Alexandre
O quarto no qual se encontravam Alexandra Feodorovna e o herdeiro tinha janelas com saída para o quintal cuja vista da rua estava barricada com cercas de madeira. Alexandra dava-se ao luxo de espreitar pela janela com frequência e de se aproximar dela. No entanto, uma vez, Alexandra deu-se ao luxo de se aproximar demasiado dela. A sentinela ameaçou bater-lhe com uma baioneta, pelo que ela veio queixar-se a mim. Disse-lhe que não tinha permissão para espreitar pelas janelas.

Três ou quatro dias antes da execução, foi instalado um painel de ferro na janela de Alexandra Feodorovna. Por causa disso, o Dr. Botkin anunciou que seria bom se fossem instalados painéis em todas as outras janelas. O horário interior era o seguinte: de manhã levantavam-se todos antes das 10. Ás 10 aparecia eu para inspeccionar a aparência de todos os prisioneiros. Alexandra Feodorovna manifestou o seu descontentamento em relação a esta prática, uma vez que não estava habituada a levantar-se tão cedo. Depois disse que a podia inspeccionar enquanto ela estivesse na cama, ao que ela declarou que não estava habituada a receber ninguém na sua cama. Declarei que isso não me fazia diferença, que faria a inspecção da forma que ela preferisse, mas teria de a fazer todos os dias. A Tatiana, a Olga ou a Maria (mais a Tatiana) pediam-me muitas vezes se podiam ir dar um passeio. Era raro ver Alexandra Feodorovna a caminhar. Quando ela saía de casa para tal, levava sempre um pára-sol e um chapéu. Os restantes costumavam caminhar sempre com as cabeças descobertas. Nicolau passeava à vez com cada uma das suas filhas. Nesta altura o Alexei entretinha-se com armas de brincar e com o rapaz Sednev.

Maria, Olga, Alexandra, Tatiana e Anastásia durante a Primeira Guerra Mundial
Enquanto estava a reparar o poço, Nicolau veio ter comigo e fez um comentário qualquer, mas eu fiz os possíveis para não desenvolver a conversa. Uma vez enquanto passeava, a Olga conversou com um dos oficiais e perguntou-lhe onde tinha prestado serviço durante a guerra. Ele respondeu que tinha prestado serviço num dos regimentos de granadeiros, no qual, durante uma revista militar, tinha visto as filhas do czar. Olga virou-se para Nicolau e exclamou: “Papá, este é um dos nossos granadeiros!”. Nicolau aproximou-se dele e disse: “Saudações!”, esperando, evidentemente, ouvir a resposta militar normal de “Desejo-lhe saúde!”, mas tudo o que ouviu foi um simples “olá”. Muito depois disso, um oficial camarada disse que não tinha tido oportunidade de falar porque eu me aproximei e a conversa terminou.


Tanto quanto pude notar, a família tinha um estilo de vida típico da classe média: de manhã bebiam chá, depois ocupavam-se com algum trabalho – cozer, remendar, bordar. Os mais inteligentes de todos eram a Tatiana, a segunda filha e a Olga, que se parecia muito com a irmã, incluindo nas expressões faciais. A Maria não era parecida com as duas irmãs mais velhas. É um pouco reticente e considerada como uma filha adoptiva. Anastásia, a mais nova, era corada e tinha um rosto bastante bonito. Alexei estava constantemente doente com uma doença que herdou da família, passava grande parte do tempo na cama e por isso tinha de ser levado ao colo para fora. Uma vez perguntei ao Dr. Botkin qual era a doença dele e ele respondeu-me que não se sentia à-vontade para me dizer uma vez que se tratava de um segredo da família, por isso não voltei a perguntar. Alexandra Feodorovna esforçava-se por ter um porte real, tentando relembrar-nos de quem era. Quanto a Nicolau, parecia que pertencia a uma família normal, onde a mulher era mais forte do que o marido. Ela pressionava-o muito. Na situação em que convivi com eles, pareciam uma família calma, governado pelo punho de ferro da mulher. Nicolau, com o seu rosto abatido, parecia muito normal, simples, quase que podia dizer que parecia um soldado camponês.


Olga, Tatiana, Anastásia e Maria no exílio no Palácio de Alexandre, 1917


Além de Alexandra Feodorovna, não se notavam sinais de arrogância em mais ninguém. Se esta não fosse a família imperial detestada, que bebia tanto sangue do povo, podia dizer-se que eram pessoas simples e não arrogantes. As raparigas, por exemplo, iam para a cozinha, ajudavam a cozinhar, tratavam das limpezas ou jogavam às cartas. Todos vestiam roupas simples, não havia nada elaborado. Nicolau comportava-se de forma honesta, “democrática” e, apesar de termos descoberto mais tarde que possuía vários pares de botas novos, só calçava botas remendadas. Um dos seus únicos prazeres era tomar banho várias vezes por dia. Contudo, proibi-os de o fazerem porque havia pouca água. Se uma pessoa considerasse esta família de forma objectiva, podia dizer-se que eram completamente inofensivos.

O pequeno Sednev tinha-se habituado tanto à família que já nem parecia um criado a servir o herdeiro do trono russo. Alexandra Feodorovna queixava-se muitas vezes do barulho que faziam com o cão que tinham, mas ele não deixava esta actividade de que gostava tanto, apesar de a incomodar. Trupp e Kharitonov eram leais como cães para os seus mestres.

O Dr. Botkin com os seus dois filhos
O Dr. Botkin era um amigo leal da família. Sempre que a família tinha alguma necessidade, ele desempenhava o papel de suplicante. Era leal à família de corpo e alma e preocupava-se juntamente com a família Romanov com as dificuldades das suas vidas. Toda a gente sabe que Nicolau e a sua família eram muito religiosos. Perguntaram-me se seria possível participarem numa liturgia. Convidei um padre e um diácono. Quando estavam no quarto do comandante a vestir-se, avisei-os de que podiam realizar a liturgia da forma que deveriam, seguindo os seus rituais, mas não podiam ter qualquer tipo de conversa com a família. O diácono afirmou: “isto já nos aconteceu antes e não servimos indivíduos tão importantes. Uma pessoa pode ficar confusa e pode haver escândalo, mas neste caso vamos espalhar o incenso com prazer pelas suas almas bondosas”. O Obednya foi servido. Nicolau e Alexnadra Feodorovna rezaram ferventemente.

Quando iniciei as minhas funções já se colocava a questão sobre a liquidação da família Romanov, uma vez que os checoslovacos e os cossacos já estavam próximos dos Montes Urais e aproximavam-se cada vez mais rapidamente de Ecaterimburgo. Afinal de contas, Nicolau tinha algum contacto com o exterior.

Tendo esta situação ameaçadora em vista, o assunto foi acelerado.

Fiquei encarregue desta situação, mas a liquidação estava nas mãos de outro camarada.

Anastásia, Maria e Tatiana numa janela em Tobolsk
A 16 de Julho de 1918, perto das duas da tarde, o camarada Filipp chegou à casa e apresentou-me a solução do Comité Executivo para executar Nicolau e foi nesta altura que alertei para o facto de que o jovem Sednev devieria ser retirado do local.

Durante essa noite chegaria um camarada que diria a palavra-passe “limpador-de-chaminés” e seria a ele que os corpos deveriam ser entregues, já que seria ele o responsável pelo enterro e por acabar com o trabalho. Chamei o jovem Sednev e disse-lhe que no dia anterior o seu tio Sednev, que tinha sido preso, tinha fugido, mas tinha já sido capturado novamente e desejava vê-lo. Por isso mandei-o ter com o tio. O rapaz ficou muito contente por poder regressar à sua terra-natal. A família Romanov começou a ficar inquieta. Como sempre, o Dr. Botkin veio ter comigo e perguntou-me para onde tínhamos mandado o rapaz. Disse-lhe o que tinha dito ao rapaz, mas mesmo assim ele continuava a parecer preocupado. Mais tarde foi a Tatiana que veio ter comigo, mas acalmei-a, dizendo-lhe que o rapaz tinha ido visitar o tio, mas que regressaria em breve. Convoquei o chefe do departamento, o camarada Pavel Medvedev da Fábrica Syseretsky e outros, e disse-lhes que, caso acontecesse algo fora do normal, teriam de esperar até receber um sinal especial que combinamos no momento. Depois de ter chamado os guardas interiores que tinham sido seleccionados para a execução de Nicolau e da sua família, distribuí tarefas e informeu quem deveria matar quem. Entreguei-lhes revólveres com o sistema “Nagan”. Quando os papéis estavam distribuídos, os oficiais pediram-me que os poupasse da responsabilidade de matar as jovens, uma vez que não seriam capazes de o fazer. Depois decidi que o melhor seria mesmo poupar completamente estes camaradas da execução, uma vez não eram capazes de cumprir os seus deveres pela revolução no momento mais crucial. Depois de ter cumprido todos os deveres, esperamos pelo “limpa-chaminés”. Contudo ele não chegou nem à meia-noite nem à uma da manhã e o tempo começava a esgotar-se. Finalmente, à uma e meia da manhã bateu à porta. O “limpa-chaminés” tinha chegado. Fui até aos aposentos dos prisioneiros e acordei o Dr. Botkin, dizendo-lhe que todos se tinham de vestir o mais depressa possível uma vez que estavam a haver distúrbios na cidade e tinha de os transferir para um lugar mais seguro. Não queria apressá-los, por isso dei-lhes a oportunidade de se vestirem. Às duas da manhã, transferi os guardas para os andares mais baixos. Disse-lhes para se colocarem na ordem combinada. Conduzi a família para a cave sozinho. Nicolau levava Alexei nos braços. O resto levava consigo algumas almofadas nas mãos, outros levavam outras coisas. Finalmente chegamos ao andar mais baixo e dirigimo-nos para uma divisão que tinha sido preparada anteriormente. Alexandra Feodorovna pediu uma cadeira e Nicolau pediu outra para Alexei.


Ordenei que trouxessem as cadeiras. Alexandra Feodorovna sentou-se e o Alexei também. Sugeri que todos se levantassem, o que fizeram, ocupando toda a parede de trás e uma das paredes de lado. A divisão era muito pequena. Nicolau estava levantado de costas para mim. Então anunciei: “O Comité Executivo dos Trabalhadores, Camponeses e Soldados Soviéticos dos Montes Urais tomou a decisão de vos executar.” Nicolau virou-se para mim e perguntou: “O quê, o quê?” Repeti a sentença e dei imediatamente a ordem para disparar. Fui o primeiro e matei Nicolau imediatamente. Os disparos prolongaram-se durante muito tempo e, apesar das minhas esperanças de que a parede de madeira não levasse as balas a fazer ricochete, estas começaram a ir para todo o lado. Não consegui ordenar aos soldados que parassem de disparar durante muito tempo, o que fez com que as coisas se descontrolassem. Mas quando consegui fazê-los parar finalmente, percebi que muitos deles ainda estavam vivos.

Por exemplo, o Dr. Botkin estava deitado sobre o cotovelo do seu braço direito, como se estivesse numa pose relaxada, mas um tiro de revólver eliminou-o imediatamente. O Alexei, a Tatiana, a Anastásia e a Olga também ainda estavam vivos, assim com a Demidova. O camarada Ermakov queria acabar o trabalho com uma baioneta. Contudo, tal não era possível. A razão pela qual foi tão difícil matá-los tornou-se clara mais tarde. As filhas do czar tinham uma armadura de diamantes cozida nos seus corpetes. Fui forçado a matar um de cada vez. Infelizmente os valores que os executados traziam chamaram a atenção de alguns guardas vermelhos que se encontravam presentes e decidiram roubá-los. Propus que se acabasse com o saque aos cadáveres e pedi ao camarada Medvedev que verificasse se não tinham sido roubados valores da mala. Decidi juntar tudo que se encontrava no local imediatamente.

Pedi ao Nikulin que vigiasse a estrada quando os cadáveres fossem carregados e também deixei outro soldado na cave para vigiar os que ainda se encontravam lá. Depois de carregar os cadáveres chamei os participantes e exigi que devolvessem imediatamente tudo o que tinham roubado senão seriam castigados. Um a um, os soldados começaram a devolver o que tinham. No final descobrimos que havia dois ou três homens fracos. Apesar do facto de ter a inclinação de entregar o resto do trabalho ao camarada Ermakov, temi que ele não conseguisse cumpri-lo da forma mais correcta e decidi ir eu mesmo. Deixei o Nikulin para trás. Ordenei-lhe que não mudasse a guarda que estava de vigia para que parecesse que estava tudo normal.

Esboço para um quadro da família Romanov realizado pouco depois do nascimento de Anastásia
Nota: Ao todo existem 6 notas escritas por Yurovsky sobre o assassinato dos Romanov, cada uma com detalhes contraditórios.



11 comentários:

  1. Quanto corta o coração, saber em detalhes desse terrível massacre e que essa turba de marginais, a começar por Yurovsky, não pagaram pelos seus crimes. Maldita seja a descendência deles e de Lênin, de quem partiu a ordem

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  2. gosto muito de história e então sobre a família Romanov, sou um "devorador"...é intrigante ler os fatos...esta gente não tinham misericórdia alguma...

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  3. Eles canonizão nicolau ii mas esquecem dos horrores da 1ª guerra.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Quantas familias russas foram destruidas pela 1ª guerra, quantas crianças perderam sua infância porque seus pais estavão lutando na guerra,quantas pois perderam seus filhos pela guerra. E ainda por cima um monstro destes é "santo". Nascer rico é uma coisa pode fazer horrores e ainda ser "santo". Aposto o que for que DEUS teve muito mais compaixão e misericordia de Lenin do que desse monstro abominavel.

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    1. De fato, muitas crianças perderam seus pais na I guerra mundial, também perderam estes entes queridos em outros conflitos durante o reinado de Nicolau II, como na guerra russojaponesa, sem falar dos soudados rrussos que devem ter morrido na rebelião dos boxers. Alêm disso, muitas famílias ficaram de luto devido as mortes causadas no domingo sangrento.
      Mas Nicolau II era o czar e só ele que deveria ter sido julgado e se fosse comprovado estes crimes políticos só ele deveria ter sido condenado, a uma pena de prisão ou exílio, sua esposa e filhos eram inocentes.
      Sobre a canonização de Nicolau IIe suas família eles foram considerados portadores da paz, este conseito, acredito eu, não existe na igreja católica apostólica romana. Um portador da paz, para os membros da igreja católica ortodoxa rrussa significa alguém que morreu de forma trágica, como cristo que seja desta religião, que creia em Deus, esta morte violenta nem precisa estar relacionada com a perseguição religiosa.
      Neste sentido, foi justa a canonização da família, até devido a busca que eles tiveram de Deus nos últimos momentos.
      Lenin e os soviéticos defendiam um Estado ateu e persseguiram os cristãos.
      Não sou afavor da precarização do trabalho nem da pobreza, mas não da para apoiar um governo soviético, que ordenou uma massacre de uma família em que haviam cinco pessoas totalmente inocentes.

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Foram marginais, que mataram pessoas inocentes (Só Nicolau II era imperador e a ele cabe os crimes políticos que ele cometeu). Pelo menos esse Iacov morreu de úcera, sofrendo como fez as jovens sofrerem. Ele morreu em 1938 aos 59 ou 60 anos.

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  8. Concordo com o Tiago. Ademais, a canonização leva em conta também o que o czar sofreu, juntamente com a sua família - esta absolutamente inocente de qualquer coisa - e o modo como se entregou a Deus em seus últimos momentos de vida. Deus tem compaixão de quem o buscou até os seus últimos momentos, coisa que o monstro inominável Lenin não o fez. Aliás, que interessante mostrar tanto ódio por Nicolau II pelos "crimes" da 1ª Guerra e ser tão condescendente com um assassino perverso, insensível, capaz, como foi, de ordenar o massacre de toda uma família inocente, não esquecendo todos os crimes e massacres que ordenou além deste. Cada uma...

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