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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Curiosidades - Se a Rússia se tornasse novamente numa monarquia...

Quem seriam os herdeiros legitimos ao trono?

Muitos acreditam que toda a dinastia Romanov desapareceu em 1918, mas a verdade é que, nos dias de hoje, os descendentes das antigas famílias imperais russas ainda vivem e estão espalhados por todo o mundo.

Neste momento existe uma luta ao trono no caso remoto de a Rússia se tornar novamente numa monarquia que se desenrola entre dois membros da família:


Nicolau Romanov, Príncipe da Rússia


Nicolau Romanovich Romanov, Principe da Rússia, nasceu no dia 26 de Setembro de 1922 e é o principal pretendente para a chefia da Família Imperial Romanov. Ele é o líder da Associação da Família Romanov e, apesar de ser um descendente directo do Czar Nicolau I da Rússia, os seus direitos são altamente controversos devido ao facto de o casamento dos seus pais violar as Leis da Rússia Imperial.

Ele foi eleito presidente da Associação da Família Romanov em 1989, a seguir à morte do Príncipe Vasili Alexandrovich que a tinha liderado desde a sua fundação em 1979. A associação tem como membros a maioria dos descendentes masculinos de Nicolau I e o número exacto de membros que participam nas suas actividades é desconhecido. Outros pretendentes à chefia da família como a Grã-Duquesa Maria Vladimirovna ou o seu pai Grão-Duque Vladimir Cyrllovitch nunca foram membros.

A posição oficial da Associação é que os direitos da família ao trono foram extintos quando o Czar Nicolau II abdicou em favor do seu irmão Miguel que deferiu o seu direito ao trono até estes serem reconhecidos por uma Assembleia Constituinte. O Czar Miguel II, como era referido por Nicolau II, não abdicou mas deu poderes ao Governo Provisório. O Príncipe Nicolau considera que, após a morte do Grão-Duque Vladimir em 1992, ele é agora o chefe legítimo da família e sucessor por direito. Ele é reconhecido pelo Almanaque de Gotha, mas continua a lutar pelos direitos com a sua prima Maria Vladimirovna.


Grã-Duquesa Maria Vladimirovna

A Grã-Duquesa Maria Vladimirovna nasceu no dia 23 de Dezembro de 1953 em Madrid e tem dedicado a sua vida à luta pelos seus direitos à chefia da família Romanov, especialmente desde a morte do seu pai em 1992.

O pai de Maria Vladimirovna, Vladimir Cyrillovich, era visto por alguns como o último representante verdadeiro da dinastia Romanov, no entanto o direito de ela se tornar líder da família foi questionado pela Associação da Família Romanov devido às leis de sucessão Paulistas que impedem uma mulher de suceder ao trono. A Associação também salientou o facto de, durante os anos 20, Maria Feodorovna e outros membros da família não terem reconhecido o seu avô Cyril Vlasmirovich como sucessor legitimo por este ter abandonado o Czar para se juntar à Revolução, o que representa traição do mais alto nível.

Quanto a apoiantes, Maria Vladimirovna tem, entre outros, a sua corte, a maior parte da Igreja Ortodoxa Russa e grande parte das sociedades da Nobreza Russa, incluindo a mais influente Associação da Nobreza Russa, alguns membros da Associação da Família Romanov e algumas organizações pro-monarquistas.

Quando foram descobertos os restos mortais do Imperador Nicolau II e da maior parte da família em 1991, Maria Vladimirovna não reconheceu a sua autenticidade e recusou participar na cerimónia de enterro em 1998.

Maria foi declarada herdeira do trono pelo seu pai no dia 23 de Dezembro de 1969, o que causou revolta entre os representantes masculinos. A declaração do seu avô como Czar em exílio foi altamente disputada entre a família onde um membro chegou mesmo a afirmar: “Dizer que a família está dividida é um eufemismo. A família está completamente louca.”

Maria tem esperança na restauração da monarquia um dia e participa em vários grupos pró-monarquistas, mas as estatísticas mostram que esse dia está muito longe.

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